quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Carlos Garaicoa expõe suas obras no Espaço Cultural Porto Seguro.


Carlos Garaicoa abre mostra individual no
A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, sentado e atividades ao ar livreEspaço Cultural Porto Seguro

A exposição traz aprodução recente de um dos mais conceituados artistas latino-americanos da contemporaneidade. Os trabalhos apresentados propõem reflexões acerca das relações entre arquitetura, urbanismo e geopolítica

Em que medida a arquitetura pode ser entendida como moldura de uma sociedade? Quais os papéis desempenhados pela disciplina num contexto de urbanização? Como ela se curva a eventuais pressões políticas, ideológicas ou mesmo sociais? Essas são algumas das indagações que cercam e estruturam a obra de Carlos Garaicoa, artista multidisciplinar cubano que, entre 7 de fevereiro e 6 de maio, tem seu trabalho celebrado pelo Espaço Cultural Porto Seguro.

Com curadoria de Rodolfo de Athayde, a mostra Carlos Garaicoa: ser urbano reúne 8 trabalhos do artista.Entre instalações, vídeos, fotografias, maquetes e desenhos, as obras apresentam a viagem criativa do autor, para quem a cidade tem papel fundamental. O artista constroi uma poética, que coloca em contraste questões sociais, econômicas e políticas que impactam diretamente na formação das subjetividades e dos conhecimentos do mundo contemporâneo.

“A obra de Garaicoa é, literalmente, a construção física de modelos de espaços utópicos ou reais e a conjugação inusitada de símbolos que constituem também um agudo exercício de conhecimento dos fenômenos humanos, no seu contexto contemporâneo por excelência: a cidade moderna”, afirma o curador, destacando que a mostra ganha força em São Paulo, “uma cidade símbolo da utopia urbana e arquitetônica mundial”.

Para o artista, toda utopia é construída de modo a superar as limitações do presente. Paradoxalmente, entretanto, ela já nasce carregando o prenúncio de sua própria superação. O projeto de uma sociedade ideal entra em crise no instante em quese articula aum programa urbano grandiloquente. Tais questões são constantemente evidenciadas nos trabalhos de Garaicoa, que assume as contradições intrínsecas às diferentes correntes do modernismo como agentes catalisadoresde mudança e transformação social.

“Eu considero que a arquitetura é esse espaço onde posso discutir as ideias existenciais, políticas e históricas. Tenho um interesse muito grande pela fotografia e pela representação do espaço urbano em geral, porém tratando de encontrar outra problemática, mais próxima à ficção e à história", afirma Carlos Garaicoa. “Nessa deriva fui me aproximando da arquitetura e, por fim, necessitando trabalhar com arquitetos, em colaboração com uma equipe grande, tratando de convencê-los o tempo todo de que o que estamos fazendo é arte e não arquitetura”, completa.

A mostra abrange desde obras que se relacionam diretamente com o contexto cubano original do artista a produções feitas a partir do olhar de Garaicoa para as diferentes realidades do mundo, incluindo a brasileira. Exemplo do primeiro caso é a instalação Fin del Silencio[Fim do Silêncio] (2010), que traz um conjunto de tapeçarias que, somadas a duas projeções, estampam assinaturas de tradicionais estabelecimentos comerciais pré-revolucionários de Havana, capital de Cuba, ressignificadas pelo artista.

Saving the Safe [Trocadilho em inglês, “Safe”, “cofre” e também “protegido”, algo como “Protegendo o Protegido”](2017) conversa diretamente com o contexto brasileiro e apresenta uma escultura do Banco Central do Brasil em ouro colocada dentro de um cofre, fazendo alusão a um dos principais problemas da sociedade contemporânea na visão do artista: as crises geradas pelo mercado financeiro. A exposição também traz a recente instalação Partitura[Partitura] (2017), uma das mais longas criações do artista, desenvolvida durante cerca de 10 anos com a participação de mais de 70 músicos de rua.

[Abaixo, a descrição completa de todas as obras da mostra]

Sobre o artista
Nascido em Havana em 1967, Carlos Garaicoa sempre se interessou pelas intervenções do homem no espaço público. Em sua juventude, trabalhou como desenhista no exército, produzindo mapas. As técnicas que aprendeu nesse período foram empregadas em sua produção artística, iniciada em 1989, quando, aos 22 anos, ingressou no Instituto Superior de Arte.

Já em seus primeiros trabalhos, ele refletia sobre os usos da cidade e as possibilidades de construir alternativas aos modelos hegemônicos. O tema é constante em sua obra, marcada pelo uso de suportes distintos como vídeo, escultura, instalação e fotografia.

Sua obra integra a coleção de instituições renomadas como o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia (ES), o Guggenheim Museum (EUA) e Tate Modern (UK). No Brasil, Garaicoa participou da Bienal de São Paulo em 1998, 2004 e 2010. Sua instalação Ahora Juguemos a Desaparecer II [Agora brinquemos de desaparecer II] faz parte do acervo do Instituto Inhotim. O artista teve ainda seu trabalho reverenciado por mostras em importantes instituições culturais do país, entre as quais a Caixa Cultural Rio de Janeiro, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage e o Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Garaicoa é hoje um dos artistas mais respeitados do circuito contemporâneo internacional, embora mantenha o vinculo referencial criativo com Cuba. Sua obra abre um leque de temáticas universais, que refletem a experiência de uma vida de viagens contínuas, alternadas com sua estadia dividida entre seus estúdios de Madri e Havana. O artista fundou ainda o programa de residência artísticas “Artista x Artista”, que estimula um diálogo reflexivo sobre arte e outros temas caros à cultura contemporânea, além de promover novos artistas.

Sobre o curador
Formado em Filosofia pela Universidade Estatal de Moscou (M. V. Lomonosov), Rodolfo de Athayde é curador e produtor cultural. Fundador da “Arte A Produções”, ele é responsável por mais de vinte projetos expositivos nos últimos 10 anos.

Como curador, teve ao seu cargo mostras de grande repercussão de público e da crítica, tais como Los Carpinteros: Objeto Vital;Construções Sensíveis: A experiência geométrica latino-americana coleção Ella Fontanals-Cisneros; A Virada Russa: A Vanguarda na coleção do Museu Estatal Russo de São Petesburgo; Islã: Arte e Civilização; Kandinsky: Tudo começa num ponto;Arte de Cuba, entre outras.

Sobre o Espaço Cultural Porto Seguro
O Espaço Cultural Porto Seguro é uma plataforma para as mais diversas manifestações artísticas e culturais com ênfase no pensamento contemporâneo. Concebido como parte integrante do Complexo Cultural Porto Seguro, composto por espaço cultural, teatro, restaurante e café, a iniciativa atua em diversas vertentes de expressão artística.

A proposta é levar ao público uma experiência completa e inovadora de arte por meio de diversas atividades: exposições, ateliês, cursos, workshops, simpósios, feiras, festivais e tudo o mais que puder ser feito em parceria com agentes do circuito de arte. São desenvolvidas ações educativas vinculadas às temáticas abordadas nas exposições que estão em cartaz.

Relação de obras da exposiçãoCarlos Garaicoa: ser urbano

Fin del Silencio[Fim do silêncio] (2010)
Conjunto de tapeçarias que, somadas a duas projeções, estampam no chão assinaturas de tradicionais estabelecimentos comerciais pré-revolucionários da capital de Cuba, Havana. A obra faz alusão a um passado marcado tanto pela fartura de determinados grupos quanto pela desigualdade social. Os textos e símbolos originais são alterados e ressignificados pelo artista: Reina [”Reina”, imperativo de “reinar”], por exemplo, vira Reina destruye o redime [Reina, destrói ou redime]; enquanto La lucha [A luta] torna-se La lucha es de todos [A luta é de todos].

Portafolio [Portfólio](2013)
Instalação onde Garaicoa expõe oito pranchas de latão gravadas com palavras que estamparam as bandeiras e faixas de recentes manifestações populares relacionadas à crise econômica em países como Irlanda, Grécia, Chipre, Portugal, Espanha e Itália, entre outros.

Wer im Glashauss sitzt...[Quem tem telhado de vidro] (2013)
A instalação traz uma representação do Haus der Kunst, edifício icônico de Munique, construído durante o governo de Hitler para abrigar a "verdadeira" arte alemã, em oposição à artedas chamadas vanguardas, tida pelos nazistas como "arte degenerada". Com o uso do vidro translúcido e do metalna construção da peça – materiais bastante utilizados pela arquitetura moderna –, o artista subverte a lógica nazista de construir em pedra e em estilo neoclássico. A obra é uma antítese do prédio original, que nessa versão modernista ganha ares do vanguardismo ao qual se opunha.

Infamous Hidden Houses [Infames casas ocultas] (2014)
Série de quatro desenhos que retratam casas de personalidades tristemente famosas do mundo contemporâneo: o terrorista Osama Bin Laden, a fraudadora financeira norte-americana Ruth Madoff, o empresário espanhol acusado de inúmeros crimes de corrupção Francisco Correa e o austríaco Josef Fritzl, figura que ganhou notoriedade internacional por ter mantido a própria filha em cativeiro por mais de 20 anos. Com um traço bastante sutil, o artista delineia tais edifícios, muitas vezes cobertos por uma vegetação exuberante, como se a natureza ajudasse a esconder esses refúgios do olho do público.

Aniversário(2015)
A instalação traz uma coleção de selos inspirada em um exemplar de 1940 desenhado por Richard Klein – artista alemão simpático ao regime nazista.A partir de uma fotografia de Heinrich Hoffmann, fotógrafo pessoal de Adolf Hitler, a estampa marcava as comemorações do 51º aniversário do ditador alemão. Na instalação, ele apresenta um conjunto de 37 selos, elaborados a partir de retratos de figuras políticas internacionais. Na exposição, cada selo é colocado sob uma lente de aumento individual.

Partitura(2017)
Grande instalação desenvolvida ao longo de 10 anos com a participação de mais de 70 músicos de rua. A obra é formada por um conjunto de pedestais com tablets e fones de ouvido, distribuídos pelo espaço como em uma orquestra sinfônica. Cada dispositivo apresenta um músico individual e seus diferentes instrumentos e especificidades, entre cordas, sopro, percussão, voz e composição. Ao centro, ocupando o lugar do regente, há um pequeno palco com três telas e caixas de som, por meio das quais a interpretação dos músicos pode ser apreciada como um todo.   

Saving the Safe (Banco Central do Brasil)) [Jogo de palavras no inglês: “safe”, “cofre”, é também “salvo”, “protegido”. Algo como “Protegendo o Protegido”](2017)
Instalação que traz uma escultura do Banco Central do Brasil em ouro que, colocada dentro de um cofre, faz referência a uma das principais tensões da sociedade contemporânea, as das crises geradas pelo mercado financeiro. Ao mesmo tempoem que instiga desejo, a valiosíssima joia representa a ideia de uma instituição que também pode violentar, justamente por assegurar a si própria e seus interesses em detrimento das dificuldades vividas pelos indivíduos - em parte, ocasionadas por instituições como ela, inevitavelmente presas às flutuações do mercado financeiro e às especulações globais.

Abismo (2017)
A animaçãoestuda a convergência entre a gestualidade teatral de Hitler em seus discursos e sua conhecida obsessão pela música clássica. A melodia que serve de base à obra é uma interpretação de Quatuor pour la fin du temps (Quarteto pelo fim do tempo), peça composta por Olivier Messiaen enquanto estava confinado no campo de prisioneiros de guerra de Stalag VIII-A. A peça foi executada pela primeira vez em 1941, por Messiaen e outros três músicos detentos, no próprio campo de concentração, ante um público estupefato. As mãos reproduzem os gestos mais comuns de Hitler em seus inflamados discursos. Essa mímica alienada, de estéril regente de orquestra, se apresenta em dissonante convivência com a sonoridade vanguardista, nascida em resistência ao cativeiro.

Serviço:
Carlos Garaicoa: ser urbano
Abertura: 6 de fevereiro, a partir das 19h.
Período expositivo: de 7 de fevereiro a 6 de maio.
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 19h; domingos e feriados, das 10h às 17h.
Entrada gratuita.

Espaço Cultural Porto Seguro
Alameda Barão de Piracicaba, 610
Campos Elíseos – São Paulo
(11) 3226-7361

Capacidade: 305 pessoas
Acessibilidade:
O edifício é acessível para pessoas com mobilidade reduzida. A exposição oferece atendimento especial na visitação com mediadores bilíngues em inglês, espanhol e libras mediante agendamento prévio.
Estacionamento:
Alameda Barão de Piracicaba, 634 (sede Porto Seguro)
De Segunda a sexta-feira até 1h30 gratuito (1ª, 2ª e 3ª hora adicional R$ 10,00 a hora. A partir da 4ª hora adicional, R$ 5,00 a hora). A partir das 17h30 e aos sábados, domingos e feriados - R$ 20,00 (preço único).
Serviço de vans:
O Complexo Cultural Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro Porto Seguro e do Espaço Cultural Porto Seguro. Na Estação da Luz, o ponto de encontro das vans é na saída Rua José Paulino / Praça da Luz / Pinacoteca, em frente ao Parque Jardim da Luz. Há instrutores no local para orientar o embarque. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3226-7361.
Horário de funcionamento do serviço de vans:
Terça a sábado das 9h à 0h. Domingo das 9h às 22h.

The Dead Daises - lança o álbum "Burn It Down" em Abril de 2018.

THE DEAD DAISIES IRÁ INCENDIAR 2018

"Burn It Down", novo álbum do THE DEAD DAISIES, será lançado no dia 06 de abril pela Spitfire Music/SPV


Burn It Down
é uma força muscular, um tornado de baterias, uma pulverização de baixos, guitarras gritando e vocais puros e brutos. Inspirado no melhor do rock setentista adicionado aos melhores momentos de Birmingham, misturado com os melhores de Boston, Burn It Down irá fazer exatamente isso: queimar tudo em seu caminho até não haver mais nada.

Gravado em Nashville com Marti Frederiksen no comando, a banda finalizou seu quarto disco de estúdio - Burn It Down - em Dezembro com Anthony Focx na mixagem novamente e com a lenda da masterização Howie Weinberg adicionando sua mágica.

John Corabi revelou sobre o novo álbum: “Eu estou extremamente animado com o nosso novo álbum Burn It Down! Foi um prazer trabalhar com Marti Frederiksen e a banda novamente no que eu acredito ser um incrível próximo passo para a jornada do The Dead Daisies. Esse é um álbum de Rock old school!!! Aproveite e vejo todos vocês na nossa grande turnê mundial de 2018! Paz, Crabby”

Doug Aldrich foi direto e simples: “O novo álbum do The Dead Daisies irá derreter sua cara! É puro e bruto e um som completamente novo!”

Burn It Down traz uma arte totalmente criada pela banda com a execução dos brasileiros no Delorean Studio. Confira a capa do disco abaixo!



TRACKLIST
“Resurrected”
“Rise Up”
“Burn It Down”
“Judgement Day”
“What Goes Around”
“Bitch”
“Set Me Free”
“Dead And Gone”
“Can’t Take It With You”
“Leave Me Alone”

Com a banda ansiosa para sair em turnê no estilo verdadeiro de um Daisies, eles anunciaram as primeiras de muitas datas da Burn It Down Tour marcadas para 2018. Muitas outras datas serão divulgadas, incluindo o muito esperado retorno da banda para o Japão, América do Norte, México e América do Sul!

Com o baterista Deen Castronovo completando o line-up, The Dead Daisies é formado por: Doug Aldrich (Whitesnake, Dio), John Corabi (Mötley Crüe, The Scream), Marco Mendoza (Whitesnake, Thin Lizzy), Deen Castronovo (Bad English, Journey) e David Lowy (Red Phoenix, Mink).

Uma coisa é certa: com pouco tempo, The Dead Daisies já impressionou muito na cena do rock e conseguiu algo que muitas bandas desejam, mas só algumas realmente conseguem: FÃS HARDCORE! Eles amam o Daisies e o Daisies ama os fãs!
O rock está vivo e bem!
THE DEAD DAISIES
BURN IT DOWN WORLD TOUR
REINO UNIDO & EUROPA


REINO UNIDO (com convidados especiais: THE TREATMENT* & THE AMORETTES
Abril
08/04 Garage Glasgow, UK
09/04 Robin 2 Bilston, UK
10/04 Koko London, UK *
12/04 Academy 2 Manchester, UK
13/04 Rock City Nottingham, UK *
14/04 Academy Bristol, UK *

EUROPA (com convidado especial THE NEW ROSES)
Abril
16/04 013 Tilburg, NET
17/04 Biebob Vosselaar, BEL
18/04 Markthalle Hamburg, GER
20/04 Sticky Fingers Gothenburg, SWE
21/04 Parkteateret Oslo, NOR
22/04 Klubben Stockholm, SWE
24/04 Pumpehuset Copenhagen, DEN
25/04 Rosenhof Osnabrueck, GER
26/04 Backstage Werk Munich, GER
27/04 Barba Negra Track Budapest, HUN
29/04 Simm City Vienna, AUS

Maio
01/05 Thanks Jimi Festival Wroclaw, POL
03/05 Kesselhaus Berlin, GER
04/05 Schlachthof Wiesbaden, GER
05/05 Live Music Hall Cologne, GER
06/05 Le Trabendo Paris, FRA
08/05 Z7 Pratteln, SWI
09/05 Live Club Trezzo (Milan), ITA
11/05 Zentral Pamplona, SPA
12/05 Mon Madrid, SPA


Marketing e Promoção no Brasil:
ForMusic –
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